VISÕES EUROPEIAS DA AMÉRICA: CONTRIBUIÇÕES PARA A ANÁLISE DE FONTES SOBRE A TEMÁTICA INDÍGENA
Este trabalho apresenta a base conceitual utilizada para realização de quatro tempos de aula, junto ao Ensino Médio, sobre as visões europeias a respeito dos povos indígenas. O estudo teórico apresentado antecedeu a formulação das aulas, as quais abordam o tema por meio da leitura e discussão sistemática de cartas, ilustrações e relatos de viagens dos séculos XIV e XV. O recorte teórico do material está no dualismo entre a visão de uma terra abençoada, intocada e ingênua, frente à ideia de um lugar abandonado por Deus e entregue a monstros e demônios.
A tarefa final desta proposta consistirá na produção de uma redação que problematize os impactos da visão eurocêntrica da Idade Moderna sobre as concepções contemporâneas que os alunos têm dos índios brasileiros, a ser entregue no fim do primeiro trimestre de 2021. A divulgação científica do material preliminar tem por objetivo contribuir para que outros professores construam um arcabouço teórico na elaboração de aulas voltadas para o ensino da temática indígena, escapando das figuras do “bom selvagem”. Atendendo, consequentemente, a lei federal 11.645/2008, que obriga o Ensino da Temática Indígena e Africana nas escolas.
As crônicas, narrativas de viagens, cartas, e suas ilustrações, constituem, juntamente com dados arqueológicos, as principais fontes utilizadas por historiadores para compreender a época da chegada dos europeus à América. Cada uma dessas fontes é capaz de nos ajudar a responder a determinadas questões, porém, não a todas, assim sendo, para o tipo de análise aqui buscado podemos descartar, sem esquecer seu valor para outros propósitos, dados obtido a partir da arqueologia.
Restam-nos, portanto, os relatos escritos à época do contato como fonte primária para tentar-se compreender as mentalidades e as visões européias acerca do Novo Mundo. Esses relatos são cheios de impressões e formulações acerca daquilo que era encontrado nas Américas e, assim, representam rico material de análise. Faz-se necessário, portanto, ter em mente a indissociação entre aquilo que era escrito e percebido pelo europeu, as idéias correntes e as representações existentes na época em questão. Com isso queremos dizer da necessária ligação entre aquilo que era possível se pensar e as concepções existentes, assim como também, com os contextos nos quais os agentes estão inseridos. Neste sentido, o encontro ocorrido “(...) projeta, perspectivamente, em um tempo pretérito cujos limites são as instâncias do imaginário desse conquistador.” (BAUMANN, 1992, p.58).
Há, além do exposto acima, que levar se em consideração os projetos político-ideológicos regentes por trás das narrativas e que nos dizem muito acerca das intenções europeias na América. Cada cronista descreve suas visões a partir de seus posicionamentos e/ou com base nas estratégias montadas pelas autoridades européias. Para uma melhor compreensão vale destacarmos, ainda que brevemente, as motivações para a expansão marítima europeia que possibilitaram o encontro de dois mundos tão distantes.
A história da invasão da América está intimamente ligada ao processo de desenvolvimento econômico europeu. O expansionismo que levou os europeus à dominação deste continente estava baseado em interesses comerciais, ou seja, foi uma das formas de superar a crise que assolou a Europa nos séculos XIV e XV. A Igreja Católica envolveu-se desde o início da expansão marítima por estar interessada na difusão da fé cristã criando assim a possibilidade de conversão dos pagãos ao cristianismo mediante a ação missionária da instituição. A Expansão Marítima teve um nítido caráter comercial cujo fator essencial à sua existência teria sido a formação do Estado Nacional.
Um dos principais objetivos das viagens de Colombo era a busca por metais preciosos, que abasteceriam a Europa que sofria a escassez dos mesmos. O próprio Colombo disse: “Teríamos de converter rapidamente para a nossa fé um grande número de povos e ganhar, ao mesmo tempo, grandes quantidades de ouro” (HISTÓRIA VIVA, 2004, p.34), o que prova a associação entre a conversão à fé católica e a procura pelos metais. Ao mesmo tempo, de acordo com Woortemann (2004), perante uma visão escatológica, o resgate dessas almas indígenas, através da conversão, serviria de apoio à salvação dos reis diante de Deus, já que eles seriam os responsáveis pela disseminação da fé católica.
Os interesses político-econômicos e religiosos, portanto, uniram-se em torno desta empreitada, caracterizando um tripé de sustentação e motivação àquela nova epopéia. Assim sendo, em nome da expansão da fé conseguia-se solucionar problemas do Velho Continente. Não é, portanto, de se espantar, as constantes justificações e legitimações de cunho religioso que permeiam o processo de tomada das terras e, consequentemente, os discursos de época, tanto para o bem, quanto para o mal.
Mas afinal, o que os europeus encontraram na América quando aqui chegaram? Uma imensa extensão de terras com características extremamente variadas. Fauna e flora bastante exuberantes, ricas e distintas das européias, rios caudalosos, montanhas etc., mas, talvez, o mais importante tenha sido o contato com diversos grupos humanos vivendo, cada qual a sua maneira, em diferentes organizações e níveis de complexidade social. Era, portanto, uma terra vista “(...) como parte do mundo vivo. Mundo vegetal, animal, humano.” (CORTESÃO, 1943, p.100), e não somente uma porção de terra vazia e desabitada.
A multiplicidade e a variedade eram marcas fortes do Novo Mundo. Todos os elementos elencados acima apresentavam uma variedade de formas de manifestação bastante grande. Diferentes climas; diferentes formas de vegetação, ainda praticamente intocadas; inúmeras espécies animais representaram combustível à imaginação e às representações dos conquistadores.
Com relação às gentes do Novo Mundo, elas estavam espalhadas por todo o continente e representavam formas de sociedade muito variadas e ricas. Era possível encontrar grupos organizados sob formas distintas: como bandos de caçadores-coletores nômades, ou como tribos, sejam semi-sedentárias ou sedentárias, chefias, ou ainda como estados organizados e urbanizados que exerciam influência sobre áreas distantes de seus centros. Para melhor compreendermos tal diversidade faz-se necessário passar, ainda que não de maneira profunda, em alguns exemplos de organizações e de sociedades americanas.
Quando, no século XVI, os europeus começaram sua violenta colonização da América do Sul, tiveram que se defrontar com uma série de etnias indígenas diferentes entre si em seus costumes, idiomas e traços somáticos. Entre elas, destacava-se, pela difusão e consistência demográfica, um conjunto de populações denominadas convencionalmente tupis-guaranis, pois falavam idiomas que pertenciam ao mesmo tronco linguístico. Os tupis estabeleceram-se, sobretudo ao longo de uma ampla faixa do litoral brasileiro (da baía do Rio de Janeiro até o Maranhão); os guaranis ocupavam os territórios mais ao sul (do Uruguai e do Paraguai até o sul do Brasil). Enquanto os tupis do litoral sucumbiram em dois séculos à colonização européia, os guaranis - embora sofressem violentas adversidades e várias adaptações - ainda hoje são originalmente ativos e objeto de grande atenção por parte de etnógrafos e antropólogos.
O encontro parece ter sido responsável, ainda, por fomentar muitos mitos existentes. A opulência das cidades astecas, a grande quantidade de ouro encontrada nos Andes, trouxe a busca pelo Eldorado e por outras lendas, como as minas do Rei Salomão. A exuberância das matas remetia alguns ao Paraíso Terrestre, as práticas canibais ao demônio, além de muitas outras.
Os significados do contato com tais povos parece revertido em diversas teorias que buscavam, à época, compreender a sociedade européia, abrindo assim, alguns precedentes para um proto-relativismo cultural, regido, neste caso, pelas teorias humanistas. Como exemplo, parece fácil lembrarmos-nos de Rousseau e Montaigne, mas também é possível recordarmos Jean de Léry e sua tentativa de, ainda que muitos anos depois de condená-la, compreender e aceitar as práticas canibais dos povos do entorno da Guanabara (LESTRINGANT, 1997).
O deslumbramento com o Novo Mundo misturado com a ambição pela conquista, juntamente com o desinteresse num maior conhecimento nas culturas alheias (que eram consideradas inferiores) pela maior parte dos europeus, foi que o propiciou a criação de mitos, que apontavam para o índio com um ser indolente quanto às tarefas que lhe eram designadas, principalmente na América Portuguesa, onde a noção de trabalho não era tão disseminada, já que a produção era feita visando à subsistência, diferentemente da América Espanhola, onde para a população o trabalho compulsório e a produção de excedentes eram fatores da expansão e manutenção de seus impérios, o que em conjunto trabalhou para geração de termos pejorativos e preconceituosos em relação aos indígenas americanos.
De que forma, porém, os europeus dos séculos XV e XVI enxergavam aquilo que encontraram? Muitas eram as visões acerca daquelas terras de além-mar dentro do imaginário europeu renascentista. Premissas e pontos de vista distintos produziram uma sorte de imagens e projeções sobre a América, algumas delas conflitantes entre si. Uma das dicotomias possibilitadas por esse imaginário e que mais se difundiram diz respeito ao fato de o Novo Mundo representar ora o Inferno, ora o Paraíso na Terra.
Diversos relatos de viajantes e textos da época parecem apontar para uma visão negativa da imagem do indígena americano. Mostra-nos Raminelli (1996)que a idéia corrente de que os índios seriam povos sem fé e sem lei levou a uma visão destes através noção de barbarismo e demonização. Esta visão pode ser percebida, inclusive, no chamado Auto de fundação do Brasil. A conclamação ao Monarca para realizar a salvação das almas dos povos encontrados é a mostra da visão que pressupunha aquele povo perdido, esquecido por Deus, ou até mesmo, controlado por Satã. Logo, não demorou muito para que a opinião sobre os indígenas brasileiros viesse a ter características de bestialidade, onde mesmo as criaturas edênicas e inocentes, embora bestiais, tornar-se-iam canibais.
Hábitos de algumas das culturas eram interpretados como práticas demoníacas, que deveriam ser combatidas pela verdadeira fé cristã. O canibalismo representa um excelente exemplo que caracterizaria a monstruosidade atribuída aos indígenas. Essa prática parece tão chocante aos europeus que Humboldt (1992) chega a atribuir a esta prática a disseminação, se não o início, da utilização do epíteto ‘demoníaco’. Tal visão parece coincidir com uma nova tendência européia dos colecionadores de monstruosidades reais ou imaginárias que geralmente possuíam origem teológica. No século XVI, elas ganharam bastante interesse devido ao clima escatológico de sua época, onde tais monstruosidades podiam ser vistas como sinais de uma catástrofe. Portanto, fica fácil perceber a relação entre as monstruosidades colecionadas na Europa e os monstros encontrados no Novo Mundo, que foram descritos pelos viajantes e registrados pelos cosmógrafos.
O canibalismo é a negação da civilização e não deveria chocar de forma alguma a população européia, já que eles consideravam muito moral ou normal consolidar as mesmas práticas de tortura e morte para com um prisioneiro vivo. Raminelli (1996), por sua vez, expõe uma visão de que havia por trás da simples roupagem religiosa e moralista uma questão política muito forte. Para ele, classificar um povo como demoníaco significa dizer também que ele se colocava contra os interesses metropolitanos de conquista. Assim sendo, “Durante o século XVI, a política e a religião mesclaram seus discursos. Os oponentes políticos recebiam o epíteto de demoníacos.” (RAMINELLI, 1996, p.133).
Na obra O Selvagem e o Novo Mundo (2004) é perceptível que para os europeus, não só foi encontrado um novo espaço territorial, mas também mais um domínio do satã muito mais vasto do que poderia ser imaginado. Assim protestantes e católicos teriam aceitado o ponto de vista de que “com a vinda de Cristo, Satã teria se refugiado nas Índias, isto é, na América, cujos povos estavam sob seu domínio e eram seus agentes”. Portanto o que passou a predominar na América era o combate ao satã, através da eliminação das crenças e ritos que infestavam o Novo Mundo, que não vinham sendo encarados como uma forma errônea de religião natural, mas como a presença ainda que inocente do satã. Como solução, as riquezas que eram oferecidas aos deuses falsos, representantes do Demônio, deveriam ser entregues ao rei, sabendo-se que o verdadeiro Deus não aceitaria uma oferenda idólatra.
Hans Staden aborda o tema incluindo uma representação de um ritual antropofágico Tupinambá que teria presenciado quando era prisioneiro desse grupo. Nota-se, claramente, analisando a imagem, a expressão de terror e susto no rosto do europeu frente ao espetáculo canibal, onde mulheres, homens e crianças saboreiam pedaços de um corpo humano.
Outro aspecto das visões européias acerca dos indígenas e das terras americanas diz respeito a uma idealização que se verificou de diversas formas. Caminha observa nos índios traços que decorrem de três atributos principais: a inocência, a bondade e a alegria, e na carta ele pontua os momentos em que isso se daria. Caminha vai enfocando os principais atributos do "outro", o indígena, sempre em confronto com os atributos e/ou as referências do conquistador português. Aquilo que Caminha vê ou parece ver no corpo do índio lhe vem como uma "outra realidade", longe de seus referenciais.
De acordo com Chamie (2002), Caminha observa as características físicas dos índios, e o adjetivo "bom" (de "bons rostos e bons narizes" da descrição do cronista) é assim avaliado pelo intérprete:
“Pero Vaz fixa atributos corporais do indígena em que o adjetivo 'bom' predomina. O adjetivo 'bom' qualifica indiscriminadamente formas e volumes, o que, a rigor, denota uma impressão de conjunto (física, estética e psicológica) apreciável e favorecida. Um pouco na linha de extração aristotélico-tomista de que o Bom, o Belo e o Bem são verdadeiros, a impressão de conjunto parece, no fundo, ser ditada pela naturalidade da nudez sem malícia nem constrangimento”. (Chamie, 2002, p.30)
Por sua vez, o atributo da bondade, que está na origem do mito do "bom selvagem", tem também relação com a troca enquanto mecanismo de conquista. O português, com "reserva e precaução", mas também com "investidas premeditadas e estratégicas", é bem recebido pelos indígenas (as "mil boas vontades" a que se refere Caminha).
Quando os europeus aportaram na América, com o exemplo do Brasil, no século XVI e se depararam com o nativo habitante da terra, chamou-lhes atenção à nudez das índias, que raspavam os pelos púbicos deixando a mostra os detalhes vaginais, detalhes estes que foram parar na carta de Pero Vaz de Caminha ao rei Dom Manuel e que constituíram a primeira impressão sexual que os europeus tiveram desses costumes liberais. De fato, para um grupo de brancos católicos educados sob a égide da ocultação da nudez, em que o pecado e a culpa faziam parte de seu imaginário e que ouvia dos padres que o corpo era o templo do demônio, índias nuas com certeza constituíram objeto de extrema surpresa. Este fascínio inicial precisava ser justificado e nada melhor do que a comparação com o Éden e a nudez de Adão e Eva. Como eles, também os índios eram inocentes em sua nudez.
A composição espetacular de fauna, flora, povo e cultura de uma terra nunca antes navegada, propiciaram aos navegantes europeus um terreno perfeito para dar um caráter físico ao que há muito tempo já havia sido procurado e imaginado. A ideia do Paraíso Edênico perdido em algum lugar do globo terrestre era com a chegada dos europeus as novas Índias, satisfeita. Concepções correntes durante a Idade Média que vagavam no imaginário popular se fizeram penetrar e moldar o espanto com o Novo, com o antes nunca visto, com o outro. A questão a priori trabalhada por nós, será recuperar, pelo menos, partes desse imaginário europeu que permitiu idealizar o Novo Mundo como o Paraíso Bíblico.
A conclusão básica a que se pode chegar, a partir de toda nossa análise, é o fato de que grande parte das interpretações européias sobre a América vinham de suas idéias correntes acerca do mundo e de sua cultura. Sendo assim, muitos dos relatos de viagem devem ser analisados com muita atenção, pois são frutos do imaginário cultural da época acerca do Novo Mundo fazendo com que não se consiga enxergar a existência autônoma dos povos que lá habitavam.
Referências biográficas
Me. Priscila Borges, historiadora e professora de História. Doutoranda do curso de Políticas Públicas e Formação Humana (PPFH-UERJ).
Referências Bibliográficas
BAUMANN, T.B. Imagens do ‘outro mundo’: o problema da alteridade na iconografia cristão ocidental. In: VAINFAS, R. (org) América em tempo de conquista. Rio de Janeiro: Zahar, 1992.
BRUIT, H. O visível e o invisível na conquista hispânica da América. In: VAINFAS, R. (org) América em tempo de conquista. Rio de Janeiro: Zahar, 1992.
CHAUNU, Pierre. Coquista e exploração dos novos mundos (século XVI). São Paulo: Pioneira/EDUSO, Nova Clio, 1984.
______________ . Expansão européia do século XIII ao XV. São Paulo: Pioneira, 1978.
CHAMIE, Mario. Caminhos da Carta: uma leitura antropofágica da Carta de Pero Vaz de Caminha. Ribeirão Preto: FUNPEC, 2002.
CORTESÃO, Jamie. A carta de Pero Vaz de Caminha. Rio de Janeiro, 1943.
GREENBLATT,Stephen. Possessões Maravilhosas: o deslumbramento do Novo Mundo. São Paulo: EDUSP, 1996.
LESTRINGANT, Frank. O canibal: grandeza e decadência. Brasília: UNB, 1997.
MEGGERS, B.J. América pré-histórica. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
RAMINELLI, Ronald. Imagens da colonização: a representação do índio de Caminha a Vieria. Rio de Janeiro: Zahar, 1996.
REVISTA HISTÓRIA VIVA. Novembro, 2004.
WOORTEMANN, Klass. O selvagem e o Novo Mundo: ameríndios, humanismo e escatologia. Brasília: Editora da UNB, 2004.
Parabéns pela pesquisa!
ResponderExcluirPergunta: até que medida os discursos encontrados nos documentos oficiais sobre a visão da América pelos europeus pode ser considerado fidedigno ou fantasioso?
Att.
Thiago de Souza Modesto
Thiago, obrigada pela pergunta.
ExcluirQualquer documento revela a visão de determinados agentes, inseridos em um contexto histórico específico, sujeitos, portanto, a uma interpretação particular da realidade. Considero que os documentos dão uma pista fidedigna das formas de pensar próprias dos tempos estudados, não de uma verdade histórica. O importante é esclarecer ao aluno que as fontes trazem versões, impregnadas pelos elementos anteriormente citados.
Priscila Lopes d'Avila Borges
Obrigado pela resposta!
ExcluirConcordo contigo, as fontes precisam ser interpretadas a seu tempo e considerados os valores daquela época. Novamente, parabenizo pela pesquisa!
Priscila Lopes d’Avila Borges
ResponderExcluirBoa noite
Sabemos que a Igreja católica sempre esteve frente da sociedade branca. E isso foi uma questão problemática de muitas culturas indígenas
Oleane Amancio de Oliveira
A presença hegemônica da Igreja enquanto instituição que normatizava comportamentos e interesses se deu durante o período da Expansão Marítima e Invasões na América, África e Ásia. O elemento religioso foi utilizado como legitimador.
ExcluirPriscila Lopes d'Avila Borges
Priscila Lopes d’Avila Borges
ResponderExcluirBoa noite
O europeu viu a necessidade em cristianizar o indígena, pois assim o mesmo seria seu aliado levando em consideração que seria incluindo muitos preconceitos ???
OLEANE AMANCIO DE OLIVEIRA
Os europeus tinham como um dos objetivos a catequização e eliminação de traços culturais originais. Contudo, este não é o único elemento motivador.
ExcluirPriscila Lopes d'Avila Borges
Boa noite!
ResponderExcluirNa sua opinião, precisamos saber mais da história dos povos indigenas escritas por eles ?
Hiago Taumaturgo Lopes
Boa tarde,
ExcluirPara saber mais sobre a História dos povos indígenas relatados por eles, podemos consultar fontes escritas contemporâneas e/ou buscar outros tipos de fontes que deem subsídios para pesquisas. Reconhecendo, sempre, a diversidade destes povos e evitando generalizações reducionistas.
Infelizmente, um dos acervos mais ricos que possuíamos estava no Museu Nacional.
Priscila Lopes d'Avila Borges
Boa tarde,
ResponderExcluirSim, a ideia é o desenvolvimento de um trabalho a partir das fontes, em especial, escritas e imagéticas. O texto pretende contribuir para preparação prévia dos professores na seleção e elaboração do trabalho em sala de aula. No meu caso, desenvolvi planos de aula para o primeiro ano do Ensino Médio.
Priscila Lopes d'Avila Borges
Olá , parabéns pelo texto , gostei muito , na sua opinião, qual a diferença entre as ações das ordens religiosas na América Portuguesa e Espanhola, e de que forma contribuíram para a visão eurocêntrica que se tem hoje ? obrigado. IGOR MOREIRA
ResponderExcluirÓtima abordagem do tema.
ResponderExcluirPartindo do princípio que as visões eurocêntrica impactaram e ainda afetam algumas percepções (tanto do sendo comum quanto em âmbitos acadêmicos, em suas devidas instâncias sociais, como podemos reconstruir a identidade desse povo residente da América, entendendo a cultura diversa e na tentativa de um resgate do quê perdemos durante este processo de entrada do eurocentrismo ?
Att Iago Almeida Catunda