Tácio Ferreira Garrido Barbosa

PRÉ-HISTÓRIA CABOFRIENSE E ENSINO DE HISTÓRIA LOCAL: SAMBAQUIS E CULTURA MATERIAL

 

Pré-História em questão: apontamentos historiográficos

 

O estudo da História busca a compreensão do passado através de fontes documentais, que esmiúçam, de maneira notória retratar o período analisado. Sendo assim, para que essas fontes sejam rotuladas pelos historiadores, os mesmos devem, a partir de especializações analisar e interpretar os fatos. (SANTOS, 2013)

 

Entretanto os historiadores, com os anos, foram encontrando dificuldades para encontrar documentos que retratasse de forma clara o que se passou em determinadas épocas da história. Como por exemplo o surgimento de uma separação de designações entre a terminologia de história e Pré-História. (SANTOS, 2013). De forma sucinta, o que designava essa Pré-História? 

 

A Pré-História é determinada como o ciclo anterior ao surgimento da escrita, essa, que surge pela primeira vez entre os sumérios, a cerca de 3.000 a.C. No século XIX surgiu o conceito de História como uma ciência voltada para o estudo do passado a partir dos documentos escritos. Fixando assim, que a História se faz com documentos escritos. Portanto a invenção da escrita seria o início da História. (FUNARI, 2002; SANTOS. 2013)

 

Com o surgimento do movimento positivista de Auguste Comte no século XIX, o valor do documento oficial como o único meio concreto de explicação da realidade foi consolidado e perdurou por muito tempo na ciência histórica, que se queria científica e, para isso, precisava de um método explicativo científico (FUNARI, 2002, p.12).

 

Contudo essa visão histórica, trás consigo uma problemática, pois os documentos históricos são permeados por uma visão única, do que ocorreu. Totalmente dependente da narrativa e da visão de quem a escreve. Para autores de inspiração metódica o documento falaria por si só, ou seja, o historiador não precisaria interpretá-los, porque o papel do historiador era apenas o de repassar os fatos e o documento seria a única fonte do passado, assim o obtentor da verdade. (FINLEY, 1989)

 

Em 1929, com a publicação da Revista Annales, tem o surgimento da Escola dos Annales que procura produzir um conhecimento histórico com uma maior variedade de fontes históricas, realizando uma conexão com outros campos de conhecimento a partir de uma história problema. Assim, o conceito de interpretação histórica e de modo consequente à noção de documento como fonte fiel do passado histórico, foi mudada totalmente. Deste modo, grande parte dos trabalhos desenvolvidos pelos historiadores que se inspiravam nas ideias dos Annales, renovaram as fontes documentais. Tornando história, não apenas tudo que fora escrito pelo homem, mas agora tudo o que o homem fez como produção cultural. (BURKE, 1997) 

 

Com isso, não havia mais aquela perspectiva, de que os documentos eram todos verdadeiros e inquestionáveis, pois tudo que a humanidade fez e fazia era visto como fonte de interpretação, para a compreensão da mentalidade humana.

 

Todo esse processo, em que houve uma mudança de visão quanto ao que era história, proporcionou uma grande transformação e um afloramento de diversas linhas de estudos da história e métodos historiográficos. (JÚNIOR, 2012)

 

Depois dessa breve reflexão historiográfica, fica evidente, que nem sempre ouve uma consideração em valorizar adequadamente as articulações entre a vida social e a material, pois a historiografia foi durante um tempo inapta em incorporar as fontes materiais ao seu processo de produção de conhecimento. 

 

Por causa das influências oriundas da escola metódica, em que se optou em valorizar mais as fontes escritas de todas as espécies, do que a cultura material, produziu uma dicotomia em que a produção material fica relegada a no máximo um papel complementar, ilustrativo ou de corroboração. (REDE, 2012)

 

Segundo o autor Marcelo Rede, existia um pensamento obsoleto, também na arqueologia, onde a cultura material era vista como, “toda sorte de matéria processada pelo homem e que lhe podia fornecer informação sobre a evolução cultural” (REDE, 2012, p. 134). Ou seja, serviria apenas como meio de uma abordagem evolutiva que fez da narrativa da trajetória das sociedades um prosseguimento para o surgimento de estágios tecnológicos.

 

Essa realidade veio mudar por voltas dos anos de 1960, com o surgimento de um novo grupo, que achava esses pensamentos obsoletos. Pois entendiam que a equação entre tipologias de objetos e culturas parecia simples e insuficiente. E tinham a ambição de mudar o sentido do que era arqueologia, não apenas como uma técnica de obtenção de informação, mas uma verdadeira ciência social. Grupo esse intitulado como New Archaeology. (REDE, 2012)

 

É importante exemplificar, que com esse processo uma especial atenção foi dada aos assuntos que se relacionavam com o meio ambiente e ao papel da cultura. E é nesse ponto, que queremos chegar, pois a partir dessa perspectiva, que começaremos analisar aspectos da cidade de Cabo Frio e a Cultura Material por meio dos sambaquis.

 

Patrimônio histórico e a história profunda em cabo frio, por meio dos sambaquis

 

Cabo Frio, munícipio fluminense, localizado na região dos lagos, destaca-se como sendo um importante destino para muitos turistas que visitam a região em busca de suas belezas naturais, de sua história e cultura. O dinamismo da sua economia, seja por meio do comércio, serviço ou a indústria salineira leva com que essa cidade tenha destaque entre os municípios vizinhos, apresentando-se como cidade polo.

 

Fundada pelos portugueses em 1616, como Vila de Santa Helena de Cabo Frio era alvo de constantes saques de piratas franceses e holandeses na exploração do pau-brasil, que era de excelente qualidade. O local já era habitado pelos índios tamoios, que tinham uma aliança com os Portugueses, no qual procuravam a ajuda deles para a exploração do local.

 

O processo de tombamento em Cabo Frio, de elementos da cultura, história ou paisagens naturais, por meio de agências públicas de proteção como o IPHAN e o INEPAC teve como facilitador, o fato de que a cidade teria sido um polo econômico com grande valor na época colonial. O que lhe proporcionou uma diversidade no campo dos bens arquitetônicos e de elementos naturais.

 

O fato de Cabo Frio ser uma cidade estruturada no período colonial, além de apresentar um conjunto de bens arquitetônicos e elementos naturais que datam desse período, contribuiu para que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, autarquia federal que responde pela preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro, viesse a tombar, em 1967, seu conjunto paisagístico composto por monumentos e espaços públicos através do IPHAN. (BARBOSA, 2019, p. 38).

 

A partir do século XX, a noção de conservação passou a apresentar uma representação de historicidade ao tratar o patrimônio como um resquício do passado no presente. Entretanto é importante evidenciar que essas preocupações são também preservacionistas, pois procuram criar uma ligação entre o passado e o presente. E assim criar um vínculo entre o indivíduo do tempo presente e aquele do passado legitimado. (HARTOG, 2013) 

 

Segundo Pollak, a memória é um fenômeno individual, que engloba todos os indivíduos, só que de maneiras distintas. Pois é relacionada às experiências e leituras de mundo daquele ser. Além disso, é um processo coletivo e social, em que as experiências compartilhadas, promovem um intercâmbio de experiências e uma troca de visões de mundo, entre as diversas narrativas de um mesmo evento passado. 

 

A priori, a memória parece ser um fenômeno individual, algo relativamente íntimo, próprio da pessoa. Mas Maurice Halbwachs, nos anos 20-30, já havia sublinhado que a memória deve ser entendida também, ou sobretudo, como um fenômeno coletivo e social, ou seja, como um fenômeno construído coletivamente e submetido a flutuações, transformações, mudanças constantes. (POLLAK, 1992, p. 201).

 

Cabo Frio é conhecido por suas lindas praias, entretanto poucos sabem da existência do sítio arqueológico Sambaqui e das Dunas, que fica localizado na Praia do Forte. A praia mais conhecida da cidade e uma das mais conhecidas da região. O processo de tombamento das dunas, se deu em 08/04/1988. 

 

Filhas da sedimentação marinha e do vento nordeste, essas formações de areia são únicas no Estado, como ecossistema ímpar, patrimônio botânico e paisagem, com exceção das áreas militares da Marambaia. Há orquídeas e filodendros que só alí vicejam, amarradas pela vegetação da restinga ou varridas pelos ventos que as esculpem e as desfazem sem parar. Símbolo de identidade da região, à imagem da mais famosa entre elas, a Duna-Mãe, conhecida pelo povo como Dama Branca, é circundada por verdadeiros corredores de dunas, a ela paralelos, móveis ou já fixadas por vegetação de restinga. O tombamento resultou de estudo realizado com a Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente / Feema. (INEPAC, 2019)

 

Só que antes do sítio dos sambaquis ser estudado e tombado como tal, ele já fazia parte do tombamento paisagístico, feito nos anos 1950. Pois o tombamento feito em cabo frio, pelo IPHAN, é um tombamento paisagístico que considera elementos da paisagem urbana e da paisagem natural. Valendo destacar como ficou demarcado o tombamento paisagístico de Cabo Frio a partir do processo 0757-T-65: 

 

1 – Como extensão do tombamento do Forte São Mateus, o pênedo sobre o qual êle se assenta, assim como toda a ponta da praia com raio de 500 metros, traçado a partir do centro geométrico do Forte. (BARBOSA, 2019, p. 62).

 

O referido sítio arqueológico, na conhecida Duna da Boa Vista, possui Sambaquis elevações de areias e conchas (na língua tupi sambaqui, significa monte de conchas), uma imponente elevação com aproximadamente 20 metros de altura e cerca de 50 metros de diâmetro.

 

“Os sambaquis são um tipo de sítio arqueológico pré-histórico frequente ao longo da costa sudeste brasileira. Construídos entre 7000 a 1000 anos, esses sítios indicam grupos humanos muito adaptados às condições locais.” (FIGUTI, 1993, p. 1) E a partir dos estudos desses sítios, se é possível identificar o modo de vida dessa sociedade pré-histórica. 

 

Dada a relevância dos sambaquis para compreensão de elementos de uma história indígena pré-portuguesa e a escassez de fontes para o trabalho de história local em Cabo Frio, propomos a elaboração de uma oficina pedagógica a respeito dessa temática, como elemento catalisador de um aspecto da história cabofriense a ser abordada em sala de aula..

  

Sambaqui da Boa Vista em Cabo Frio: uma proposta de trabalho pedagógico 

 

Descrição da oficina

 

A oficina consta de um informe prévio, em que se explicam as circunstâncias do descobrimento de um conjunto de montes de conchas, pertencentes ao período quaternário, na localidade de Cabo Frio, nas dunas da Boa Vista.

 

Dando prosseguimento a oficina teremos 4 pistas, para que os alunos levantem informações sobre a comunidade sambaqui, com o objetivo de que os alunos conheçam as sociedades caçadoras, coletoras, do ponto de vista de alguns aspectos históricos.

 

Propormos ainda que os alunos realizem um estudo de caso a respeito das práticas pesqueiras efetuadas pelos pescadores artesanais de Cabo Frio, por meio de uma pesquisa junto a membros da Associação artesanal de pescadores do bairro da Gamboa, comparando esses saberes tradicionais dessa comunidade caiçara com as práticas de pesca efetuada por grupos indígenas sambaquieiros estabelecidos na região da duna da Boa Vista na praia do forte.

 

Objetivos

 

A oficina, trará atividades que precisarão pesquisar, investigar e seguir pistas, sobre o objeto estudado, pois os alunos ao trabalharem com o tema, deverão compreender que:

 

Há muitas semelhanças entre o trabalho de um arqueólogo e de um detetive. Ambos os investigadores buscam provas, para explicas os casos e revelar descobertas a partir de pistas. Existem também diferenças significativas entre o trabalho de um detetive e o trabalho de um arqueólogo. Enquanto o detetive pode utilizar testemunhos, o arqueólogo só pode tirar suas conclusões a partir de vestígios materiais.


Em ambos os casos, dentro das proporções, ao iniciar uma investigação, os dois investigadores devem formular hipóteses de trabalho, pensando muito no que aquela sociedade, ou aquele indivíduo estaria pensando ou vivenciando.


A investigação histórica, necessita de uma interdisciplinaridade. Nesse caso, a meteorologia, a física, a paleontologia, a antropologia. 

 

Estratégia

 

A oficina se dará, através de uma breve conversa na qual o professor apresentará para os alunos algumas perguntas-chave: Como podemos saber a idade das coisas? Devemos confiar plenamente nas informações dadas pelos arqueólogos? Frisar que, às vezes, estudar esse passado tão longínquo requer que se trabalhe como um detetive atentando-se em pequenos detalhes, relacionar objetos aparentemente sem nenhuma conexão, recorrer a informes de laboratório.

 

Na sequência os alunos serão convidados a atuar como arqueólogos e como historiadores. Divididos em grupos de até 5 alunos, terão que ler o primeiro tópico da oficina (Sitio do dia: Sambaqui da Duna Boa Vista - Cabo Frio). A partir da leitura, o professor deve assegurar-se de que entenderam o vocabulário do texto. 


Com os alunos, já iniciados no assunto, começarão a investigação. Utilizando as pistas, para criar um embasamento, sobre a comunidade sambaquieira e posteriormente compará-la com práticas de atividades pesqueiras artesanais de nativos das comunidades de pescadores de Cabo Frio a partir de uma pesquisa de campo na sede da associação pesqueira local, situada no bairro da Gamboa. Primeira pista são uns artefatos líticos(moedores) provenientes do Sambaqui, ilha da boa vista, Rio de Janeiro.

 

A segunda pista é uma página de uma revista científica, sobre o caminho para as espécies ameaçadas de extinção: a pesca pré-histórica no sudeste do Brasil. Que traz informações principalmente, sobre a prática da pesca dos grupos sambaquis na costa atlântica do Brasil. (LOPES, 2016,)

 

Terceira pista é uma fotografia, no sítio Ilha de Cabo Frio para exemplificar O movimento eólico, que é um fenômeno que cobre e descobre o sítio rotineiramente, chegando a transportar pequenos ossos de fauna para dentro do mar. 

 

Por fim a pista de número quatro, é um texto “SAMBAQUIS: MORADIA DOS VIVOS E DOS MORTOS”. Que leva a uma desconstrução sobre certas afirmações, que restringem os sambaquis como apenas um cemitério ou apenas como um espaço comum de moradia.

 

Primeiro Tópico da Oficina Sambaqui da duna Preta

“Sambaquis são depósitos antropológicos compostos de moluscos (de origem marinha, terrestre ou de água salobra), esqueletos de seres pré-históricos, ossos humanos, conchas e utensílios feitos de pedra ou ossos. Eles registram um pouco da vida de povos que habitavam as regiões costeiras no passado” (GEOPARQUE COSTÕES E LAGUNAS, 2017).

 

Este sítio arqueológico está localizado na praia do Forte e apresenta indícios de ser acampamento de pesca e coleta de moluscos. Ele faz parte do Patrimônio Histórico e Cultural e é tombado pelo IPHAN. 

 

Possui sinalização e cercas para evitar sua degradação. No local, encontram-se espécies de flora endêmica e fauna considerada rara. Atualmente, após a delimitação da área pelo IPHAN, a Duna Boa Vista, está recuperando toda sua vegetação original.

 

Pista 1:



Fonte: Artefatos líticos (moedores) provenientes do Sambaqui Ilha da Boa Vista- I, Rio de Janeiro. (Em<https://www.researchgate.net/figure/Figura-4-Artefatos-liticos-moedores-provenientes-do-Sambaqui-Ilha-da-Boa-Vista-I-io_fig2_321981544>. Acesso em: 02 de março de 2020)

 

Pista 2:



 

Fonte: https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0154476

 

Pista 3:


 


Fonte: Crânio humano exposto por ação eólica no sítio Ilha do Cabo Frio I. (GASPAR, Maria Dulce. Sambaqui: arqueologia do litoral brasileiro. Rio de Janeiro: Editora Jorge Zahar, 2000.)

 

Pista 4:

 

SAMBAQUIS: MORADIA DOS VIVOS E DOS MORTOS 

 

Desde o início das pesquisas arqueológicas, e até mesmo antes, com os cronistas, os sambaquis são vistos como locais de habitação, onde também ocorreram sepultamentos, ganhando assim um caráter multifuncional. Esta ideia se baseia no fato de serem encontrados vestígios ligados a atividades rotineiras, como fogueiras, restos alimentares, 65 artefatos e refugos de lascamento, e também indícios de rituais, quase sempre caracterizados pelos sepultamentos. Para compreendermos melhor esta multifuncionalidade, foi investigada na bibliografia a forma pela qual os sítios foram classificados como habitação e local de guarda dos mortos: se haveria alguma evidência na cultura material ou se seria um pressuposto dos pesquisadores, situação esta que se mostrou muito comum. A seguir, são mostrados os vestígios e/ou as características dos sítios mais utilizados pelos pesquisadores para estabelecer sua função habitacional.

 

Conclusão

 

Podemos concluir, que existe uma discussão historiográfica, que trate das atribuições de valores, sobre o quanto o período da Pré-história é importante para o entendimento do passado. 

 

Acreditamos, que não há uma grande valorização quanto a esse tema no ensino de história local em Cabo Frio, por diversos fatores, seja a distância temporal, que tem esse período, a dificuldade da obtenção de materiais, para o estudo do período, que em sua maioria vem de uma cooperação multidisciplinar, de arqueólogos, químicos, geógrafos, antropólogos, historiadores, que escavam o solo a procura de vestígios daquela sociedade ou até mesmo de produção de materiais didáticos que possam ligar os estudos de Pré-História com a historicidade local. Enfim, podemos listar inúmeros problemas e dificuldades para o estudo desse tão longo, mas ao mesmo tempo tão misterioso período.

 

  

Referências biográficas

 

Tácio Ferreira Garrido Barbosa. Licenciando em História pela Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Campus de São Gonçalo. (e-mail: tacio.ferr@hotmail.com). Bolsista no projeto de Digitalização, Descrição e Indexação do Fundo de Documentos Navais Custodiados no IHGB. Período: Século XVI a 1825. CETREINA / Departamento de Bolsas e Estágios – UERJ.  

 

Referência bibliografia

 

ABREU, Martha. Cultura política, historiografia e ensino da história. 2ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2010.

 

AFONSO, Marisa Coutinho; DEBLASIS, Paulo. Aspectos da formação de um grande sambaqui: alguns indicadores em Espinheiros II, Joinville. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, v. 4, p. 21-30, 1994.

 

BARBOSA, Marcia; GASPAR, Maria Dulce; BARBOSA, Débora. A organização espacial das estruturas habitacionais e distribuição dos artefatos no sítio Ilha da Boa Vista I, Cabo Frio, RJ. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, v. 4, p. 31-38, 1994.

 

BARBOSA, André Luiz Garrido. Patrimônio histórico e ensino da história local em Cabo Frio: um roteiro histórico escolar / André Luiz Garrido Barbosa. -- Rio de Janeiro, 2019.

 

BURKE, Peter. A Escola dos Annales (1929-1989): a Revolução Francesa da Historiografia. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1997.

 

LEVY, Figuti. O homem pré-histórico, o molusco e o sambaqui: considerações sobre a subsistência dos povos sambaquieiros. Revista Do Museu De Arqueologia e Etnologia, (3), 67-80. 


FINLEY, Moses, I. Uso e abuso da História. 1ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

 

FUNARI, Pedro Paulo. NOELLI, Francisco Silva. A Pré-História do Brasil. São Paulo: Contexto, 2002.

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GASPAR, Maria Dulce. Sambaqui: arqueologia do litoral brasileiro. Rio de Janeiro: Editora Jorge Zahar, 2000.

 

HARTOG, François. Regimes de historicidade. Presentismo e experiências do tempo. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.

 

INEPAC. http://www.inepac.rj.gov.br/index.php/bens_tombados/detalhar/63. Acesso em 02/12/2020.

 

GEOPARQUE COSTÕES E LAGUNAS. https://www.facebook.com/geoparquecostoeselagunas/photos/s%C3%ADtio-do-dia-sambaqui-da-duna-boa-vista-cabo-friosambaquis-s%C3%A3o-dep%C3%B3sitos-antropo/1436362829761695/.  Acesso em: 02 de março de 2020 

 

JÚNIOR, Durval Muniz de Albuquerque. Fazer defeitos nas memórias: para que servem o ensino e a escrita da história ?. Qual o valor da história hoje ?. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2012.

 

LOPES MS, Bertucci TCP, Rapagnã L, Tubino RdA, Monteiro-Neto C, Tomas ARG, et al. (2016) The Path towards Endangered Species: Prehistoric Fisheries in Southeastern Brazil. PLoS ONE 11(6): e0154476, p. 25-29.

 

POLLAK, Michael. “Memória, Esquecimento, Silêncio”. In Revista Estudos Históricos. V,2, n. 3, 1989, p. 3-15.

 

________________. “ Memória e identidade social”. In Revista Estudos Históricos. V, 5, n. 10, 1992, p. 200-212. 

 

REDE, Marcelo. História e cultura material. In: Novos Domínios da História. Organizadores: Ciro Flamarinon Cardoso, Ronaldo Vainfas – Rio de Janeiro: Elsevier,  2012.

 

SANTOS, M. C. P. Entre a Pré-História e a História: O Documento Material Humano. Tempos Acadêmicos, v. 11, p. 25-37, 2013. http://www.inepac.rj.gov.br/index.php/bens_tombados/detalhar/63.


 

2 comentários:

  1. Gleidson Fernando Rocha dos Santos26 de maio de 2021 às 21:43

    Não há nenhum museu em Cabo Frio que preserve estes vestígios materiais dos sambaquis? Se houver seria bom incluir neste projeto a visita a este possível museu. Eu moro em Macaé e aqui na Praia das Pedrinhas há coletores de mariscos que praticamente estão recriando "sambaquis", eles catam os mexilhões ali mesmo na praia e só resta a montanha de conchas. Se houver algo assim em Cabo Frio também seria importante a visita. Parabéns pelo texto!

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    1. Tácio Ferreira Garrido Barbosa27 de maio de 2021 às 14:15

      Boa tarde, muito obrigado pela leitura feita do meu texto Gleidon Fernando!
      Então, quanto a questão dos museus em Cabo Frio, so existem os museus o MART - Museu de Arte Religiosa e Tradicional, a Casa Ateliê Carlos Scliar, o Charitas e o Museu do Surfe. Infelizmente não à existência de nenhum outro no qual se encaixaria com o meu tema.
      Entretanto existem alguns próximos como o MUSEU DO SAMBAQUI DA BEIRADA, no município de Saquarema e o Museu Arqueológico Sambaqui da Tarioba, que fica em Rio das Ostras. No qual tenho grande interesse e ainda farei uma visita futura.

      Att: Tácio Ferreira Garrido Barbosa.

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