ENSINO DE HISTÓRIA INDÍGENA, ESCOLAS E A LEI 11.645/2008
Durante muito tempo, negros, indígenas, mulheres e vários outros sujeitos foram excluídos dos bancos escolares, assim como na historiografia brasileira, sendo vistos como “hostis” e “selvagens” em detrimento do homem branco/ “civilizado”. Entre os séculos XV e XIX esse preconceito se intensificou, principalmente com a formulação teorias raciais, que determinou critérios de seleção para a ascensão dos sujeitos em sociedade (SCHWARCZ, 1996).
Nesses cinco séculos de invisibilização, os povos indígenas foram ocultados do meio social, porém também estabeleciam resistência contra a imposição europeia. Vários grupos indígenas se mobilizaram face à exclusão no século XX e hoje é possível falar em uma Nova História Indígena, sendo os índios autores de sua história, reivindicadores de direitos e pautas políticas, econômicas, sociais e culturais.
O presente texto é fruto de um trabalho de conclusão de curso sobre os povos indígenas, livros didáticos e história indígena. Aqui priorizou-se apenas a história indígena e os reflexos desse ensino dentro de sala de aula. Como forma metodológica se realiza uma construção teórica envolvendo o ensino de história indígena, o papel da escola na diminuição do preconceito, os desafios para a efetivação da lei 11.645/2008, e as perspectivas sobre a Nova História Indígena.
O papel da escola na desconstrução de estereótipos e preconceitos
Na análise de textos e relatos de viajantes que migraram para o “Novo Mundo” é nítido a presença de uma hierarquia e classificação entre as raças que compunham o cenário colonial: indígenas, brancos e negros. Essas dissidências, principalmente do colonizador em relação aos outros povos, se chamou de etnocentrismo, isto é, o fato de um sujeito se considerar mais relevante que o outro em todos os aspectos. De certa forma, o etnocentrismo ainda sobrevive hoje nas estruturas contemporâneas, a partir de práticas racistas e preconceituosas em relação a determinados grupos sociais, inclusive, dentro do próprio contexto escolar.
No interior do ensino de história, as abordagens sobre os povos indígenas não escaparam à invisibilização, tanto é verdade que boa parte das discussões existentes estiveram por algum tempo marcadas pela concepção de que esses sujeitos eram desprovidos de história e que pertenciam à escala zero da civilização (MONTEIRO, 2001). A percepção predominante sobre os índios brasileiros era de sujeitos “sem história”, legitimando, dessa forma, sua presença esparsa nas pesquisas, nos livros didáticos e consequentemente no ensino de história.
Sendo a escola um espaço de encontros de diversas pessoas e culturas, o ideal seria que elas tornassem uma prática efetiva a desconstrução de preconceitos sobre os povos indígenas e não se baseasse apenas na comemoração do dia do índio como dia de festividade e lembrança aos ameríndios. Isso vale para a utilização do livro didático como única forma de transmissão do conhecimento (isso em espaços escolares em que outros meios de mediar o conhecimento histórico sejam possíveis). Fantasiar os alunos/as com adereços e pinturas que relembram a figura de um índio do passado significa reproduzir preconceitos, pois parte significativa dos índios de hoje convivem com a sociedade em vários espaços (escolas, universidades, shoppings, etc.). Sendo assim, ele não é uma figura estática, que permaneceu ali no ato da conquista em contemplação com a natureza. Neste sentido, a escola precisa desconstruir essa forma de repassar o conhecimento, talvez utilizando-se de outras formas metodológicas, como por exemplo o ato de visitar uma aldeia, por exemplo, ou mesmo com a presença de um próprio indígena dentro da sala de aula. Sabe-se que parte das comunidades indígenas hoje possuem escolas dentro das aldeias e o que aprendem é totalmente diferente ao que está presente nos livros didáticos. Sendo que boa parte destes fazem menção ao índio apenas no ato da chegada dos europeus e a presença indígena não se limita apenas a isso (SILVA, 2002, p. 46).
No que diz respeito às diversas culturas indígenas presentes no país, o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizado em 2010, chama atenção para o fato de que “mais de 180 línguas indígenas são faladas por aproximadamente 240 sociedades diferentes que vivem em pontos distintos do país” (IBGE/2018). A maior parte da população indígena brasileira está concentrada na região norte, mas é importante frisar que há a presença indígena em todo país, inclusive no Centro Sul e no Nordeste. O senso chama atenção também para o número cada vez maior de índios presentes nos centros urbanos. É crescente também a presença dos povos indígenas nos ambientes escolares urbanos e também na Universidade.
Sendo a escola responsável, em certa medida, por saber que os discentes constroem sobre o mundo à sua volta, é pertinente trazer informações sobre a diversidade indígena que preenche o país. Até mesmo como uma forma de combater qualquer tipo de preconceito e exclusão. Foi justamente contra ela que gerações de indígenas se mobilizaram no século XX, sendo a lei 11.645/08 fruto desse levante e busca pela inserção do saber indígena dentro das escolas. Lembrando que o ensino de história era unilateral e o currículo era praticamente centrado na abordagem europeia, impedindo que outros saberes fossem conhecidos. Visando responder essa problemática, a lei 11.645 tornou obrigatório o ensino de História e das culturas indígenas em todos os currículos escolares. Embora com avanços no combate à desigualdade também no ensino de história, já há avanços, visto que se pode compreender outros saberes e culturas e não somente um lado da história. Ela contribui ainda para a retirada dos índios do esquecimento ou do “passado eterno” a que foram relegados por bastante tempo.
Na discussão do texto “Intercultura e educação”, Fleuri (2005, p.17) ressalta a relevância de uma construção “positiva da pluralidade social e cultural”, que esteja baseada no respeito à diferença. Seria bem pertinente se as escolas se ocupassem ainda mais com uma proposta de ensino “voltada para a alteridade”, em que houvesse o reconhecimento das igualdades culturais existentes e contribuísse para a uniformidade de direitos entre os sujeitos históricos. Rompendo, assim, com a ideia tradicional e etnocêntrica de uma cultura como “modelo universal” a ser seguida (FLEURI, 2005).
Investir em um ensino de história baseado no respeito às diferenças é contribuir para a formação de cidadãos críticos e capazes de compreender “o lugar e a imagem dos índios” na sociedade. Para que isso aconteça, Silva e Grupioni chamam a atenção para a relevância do convívio com a diferença e a importância dela no combate aos estereótipos (SILVA e GRUPIONI, 1995, p. 18). Um ensino multicultural auxilia em uma maior compreensão sobre as mudanças que ocorrem no meio social, inclusive em relação aos gêneros, às formas ampliadas de família e às atuações recorrentes dos indígenas no presente. Aceitar as diferenças do outro é essencial até mesmo para compreender a si mesmo. Isso é importante ser reiterado com mais afinco na sociedade complexa, em que o individualismo impera cada vez mais, já dizia Max Weber.
Infelizmente, embora seja vista como local ideal para a desconstrução de uma visão negativa em torno do indígena, a escola acaba reproduzindo essa visão. Um exemplo disso é a comemoração tradicional ao dia do Índio de forma incorreta, atrelando-o ao passado, sem conectividade com o presente e com a realidade deles na contemporaneidade. Em um trabalho pertinente realizado por Oliveira (2011) vemos que grande parte dos estudantes entram em contato com percepções equivocadas e preconceituosas sobre os índios na escola, no contato com os livros didáticos e nas aulas dos docentes. O que é alarmante, pois, o espaço educacional deveria estar voltado para a superação de equívocos, e não o inverso (OLIVEIRA, 2011, p.200).
Sobre essa questão, Fleuri lança a seguinte afirmativa:
“A própria educação, em particular a escola, tem desempenhado o papel de agenciar a relação entre culturas com poder desigual (colonizadores x colonizados; mundo ocidental x mundo oriental; saber formal escolar x saber informal cotidiano; cultura nacional oficial x culturas locais etc.), contribuindo para a manutenção e difusão dos saberes mais fortes contra as formas culturais que eram consideradas como limitadas, infantis, erradas, supersticiosas” (FLEURI, 2005, p. 18).
Gobbi relembra o que foi dito anteriormente sobre o festejo e generalização do dia do índio, chamando a atenção para a presença de ideias equivocadas. Além disso, todo dia deveria ser o dia do índio, visto estarem presentes em praticamente todos os lugares, assumindo um papel de protagonista e reivindicador/a de direitos em torno de si e da própria comunidade a que pertence. Segundo percebe a autora, a escola é:
“[...] um grande veículo portador reforçador das ideias errôneas sobre os indígenas [...] É lá que aprendemos a acreditar em uma única categoria genérica: os “índios”, que são comumente lembrados no “Dia do índio” e sempre integraram as primeiras páginas dos livros de História do Brasil – aqueles que falavam de 500 anos atrás – nas páginas seguintes, como num passe de mágica, eles desapareciam. Mas, para onde foram? Essas populações deixaram de fazer parte da nossa história?” (GOBBI, 2006, p. 35).
O que é reproduzido e repassado dentro de sala de aula, compartilhado nos murais da escola, ministrado em sala de aula contribui significativamente para o que o discente irá construir em seu imaginário e em sua consciência histórica sobre os indígenas. Em entrevistas e questionários aplicados em algumas escolas do Distrito Federal, Oliveira problematiza o quanto o índio está atrelado ao passado e à visão genérica de índio, do índio como sujeito diferente e atrelado ao folclórico. Segundo Oliveira:
“A maior parte dos sujeitos que responderam ao questionário apresentou uma imagem dos indígenas como seres diferentes que vivem exclusivamente na floresta, seguindo suas próprias leis, sem tecnologia, isolados do mundo urbano, em tribos e ocas, praticando rituais, dança, caça e pesca, comendo mandioca, defendendo a natureza e andando nus. Houve também percepções dos índios como negros, morenos, simples, humildes, sem ganância e ambição, tranquilos, sem maldade no coração, batalhadores, unidos, analfabetos, inteligentes, donos das terras americanas, primeiros habitantes do Brasil, nativos, aborígenes, agressivos e que as vezes comem gente. Além disso, identificamos em um número elevado de questionários, repostas “em branco” para questões iniciais sobre o que significa “ser índio” ou como você descreveria uma sociedade indígena” (OLIVEIRA, 2015, p. 221-222).
Na maioria das escolas públicas o instrumento de ensino de história ainda é o livro didático. Este faz parte de um mercado bastante complexo, o que diz muito da estrutura para atender às demandas exigidas. São livros que ainda reproduzem e reforçam equívocos, através de imagens e textos escritos, que, acabam levando a construção de ideias erradas sobre os ameríndios. Embora alguns sejam livros atuais e tragam debates historiográficos, ainda assim há uma lacuna e a discussão sobre eles envolvem outras temáticas que não valem aqui nesse espaço.
Na verdade, a presença de estereótipos nesses livros é um dos entraves para a real efetivação da lei 11. 645/2008, o que significa dizer que as representações que marcaram o século XVIII e XIX e ainda continuam sendo reproduzidas pelos manuais didáticos sem que haja problematização, na maioria das vezes. (PINSKY, 1988, p.12).
Assim sendo, para que preconceitos e estereótipos presentes nesses livros sejam desconstruídos, se faz necessário a problematização das imagens por parte do regente. Isso torna necessária uma qualificação voltada para a temática. Esse é o segundo entrave que dificulta o pleno exercício da lei e o ensino de História Indígena, a formação do professor.
Na visão de Edson Silva (2012, p.215), antes quanto se falava sobre ministrar assuntos referentes à temática indígena muitos professores/as se sentiam desconfortáveis pelo fato de não disporem de uma especialização na área, sendo desafiados a lidar com a questão sem estudo. É Eduardo Natalino dos Santos que ressalta sobre a relevância do oferecimento desse assunto dentro das universidades, em especial nas licenciaturas, em que jovens estão sendo formados para serem professores/as. Segundo Santos:
“No Brasil, de forma geral, os cursos de graduação e licenciatura em História tratam a cultura e a história indígenas de maneira superficial e genérica. A maioria dos cursos não possui disciplinas voltadas para a história dos povos indígenas em tempos anteriores à chegada dos europeus e, sendo assim, apenas alguns grupos, entre várias centenas, são mencionados nas primeiras aulas de disciplinas que abordarão centralmente a conquista e a colonização da América” (SANTOS, 2014, p. 35).
Hoje, parte dos cursos de graduação já possuem disciplinas com ênfase para a temática indígena, contribuindo no conhecimento e formação docente. O que já é um avanço. Sobre a importância da presença dos povos indígenas nos currículos dos cursos de graduação em História, Santos salienta que:
“[...] deixar os povos indígenas fora de nossos cursos de graduação em História é abrir mão de combater – por meio das aulas no ensino fundamental e médio – estereótipos que recaem sobre essas populações e sua história. Tais estereótipos, hoje, afetam a vida de grupos humanos que habitam nosso continente aos milhões e o nosso próprio país às centenas de milhares. Estamos tratando de um problema com desdobramentos políticos sérios, pois a visão que as sociedades ocidentais modernas possuem sobre os povos indígenas – a qual, é verdade, não depende apenas de aulas de História no ensino médio e fundamental – determina parcialmente suas relações com esses povos. Tais relações, como sabemos, têm se caracterizado pela assimetria política, pelo desrespeito às diferenças, pela violência e por uma série de atrocidades” (SANTOS, 2014, p. 44).
Vivemos em um mundo globalizado em que as tecnologias estão cada vez mais presentes. Trazer esses recursos para dentro da sala de aula não seria uma má ideia, pois dessa forma o conteúdo não se restringe ao livro didático e o ensino de história passe a ser mais dinâmico. Temos exemplos, como: Documentos escritos, imagens, obras de ficção, artigos de jornais, filmes, programas de TV, música, literatura, constituem instrumentos que estão disponíveis ao docente para uma aula diferenciada e mais dinâmica.
Sobre o uso de outras ferramentas que podem ser manuseadas pelos docentes em sala de aula, Pinsky (2005, p.8) chama a atenção para “os usos e abusos” que os historiadores podem fazer das inúmeras fontes históricas existentes. No livro intitulado “Fontes Históricas”, organizado pela autora, “fontes documentais, arqueológicas, impressas, orais, biográficas e audiovisuais” são mencionadas como possibilidades para um ensino diferenciado. Sobre o uso de documentos em sala de aula, Bittencourt (2008, p.327) salienta que:
“As justificativas para a utilização de documentos nas aulas de História são várias e não muito recentes. Muitos professores que os utilizam consideram-nos um instrumento pedagógico eficiente e insubstituível, por possibilitar o contato com o “real”, com as situações concretas de um passado abstrato, ou por favorecer o desenvolvimento intelectual dos alunos, em substituição de uma forma pedagógica limitada à simples acumulação de fatos e de uma história linear e global elaborada pelos manuais didáticos” (BITTENCOURT, 2008, p. 327).
Seria pertinente que a escola e/ou professores não ficassem limitados apenas às datas comemorativas, mas levassem a problematização da questão indígena para além do espaço escolar. Possibilitando, através da relação entre a universidade e a escola, palestras e oficinas em que também os povos indígenas se fizessem presentes. Que essas fossem oportunidade de, não apenas satisfazer a curiosidade de uma plateia sobre hábitos culturais, mas, sobretudo, abordar temas como conflitos socioambientais, preconceito, estratégias usadas para o fortalecimento da identidade, luta por direitos, bem como outros que surjam do interesse deles próprios. Diante do exposto até aqui somos conduzidos às seguintes indagações: que tipo de sujeitos a escola está formando? A Constituição Federal (1988), a Lei de Diretrizes e Bases da Educação e os Parâmetros Curriculares Nacionais enfatizam a importância de uma educação voltada para a pluralidade cultural e para a formação de um sujeito crítico, respeitador das culturas e das diferenças. Mas, será que isso está acontecendo? É isso mesmo que temos visto?
A prática ainda comum de determinadas escolas que pintam seus alunos de “personagens” e/ou “heróis” chamados genericamente de “índios” talvez nos forneça pistas para pensar sobre as perguntas acima. Essa e outras práticas e/ou omissões contribuem para a invisibilidade, exclusão e marginalização desses sujeitos históricos no presente. Portanto, a urgência do ensino de história e cultura indígena não deve ser negligenciada. É extremamente necessário que os ambientes escolares se preocupem mais com o oferecimento de uma educação/ensino voltado para a multiplicidade e diversidade de grupos que compõem o país e que estão espalhados nas regiões. Seria muito relevante, inclusive, que a postura das escolas não se limite à existência de leis, colocando-a em prática de forma recorrente e não apenas para agradar na teoria. O que está presente na lei 11.645/08, por exemplo, nem sempre chega de fato à sala de aula (OLIVEIRA, 2015).
Por conseguinte, muitos são os desafios que precisam ser vencidos para que haja um ensino de história indígena que retire o índio da invisibilidade a que ele foi relegado e contribua com a construção de uma sociedade mais justa e menos intolerante à diferença. Embora a lei 11.645/2008 tenha sido implementada como obrigatoriedade, percebemos lacunas, brechas e espaços que precisam ser preenchidos. Um pequeno avanço houve, assim como conquistas, mas são necessárias mais inserção e inclusão desses sujeitos em lugares antes inocupados.
Referência Biográfica
Marta Lima Alves, mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA).
Referências Bibliográficas
BITTENCOURT, C. M. F. Livros e Materiais didáticos de História. In: Ensino de História: fundamentos e métodos. 2ª. ed. São Paulo: Cortez, 2008.
FLEURI, R. M. Intercultura e educação. Educação, Sociedade & Culturas. Portugal, 2005, p. 91-124. Disponível em: www.scielo.br/pdf/rbedu/n23/n23a02.pdf. Acesso: 26 Ag. 2017.
GOBBI, Izabel. A Temática Indígena e a Diversidade Cultural nos Livros Didáticos de História: uma análise dos livros recomendados pelo Programa Nacional do Livro Didático. São Carlos. 2006. Disponível em: www.universidade-federal-de-sao-carlos-centro-de-educacao-e-ciencias-humanas-programa-de-pos-graduacao-em-ciencias-sociais-izabel-gobbi.html. Acesso em 27 fev. 2018.
GRUPIONI, Luís Donisete Benzi; SILVA, Aracy Lopes da. Introdução: Educação e Diversidade. In: A temática indígena na escola: novos subsídios para professores de 1. e 2. graus. 1. ed. São Paulo: MEC/Ministério da Educação e do Desporto, MARI-Grupo de Educação Indígena/USP e UNESCO, 1995, p. 15-23.
MONTEIRO. Jonh M. “Unidade, diversidade e a invenção dos índios: entre Gabriel Soares de Sousa e Francisco Adolfo de Varnhagen. Revista de História (USP), p. 109-137. Disponível em: www.revistas.usp.br. Acesso em: 12 Out. 2017.
OLIVEIRA, Susane Rodrigues. História Indígena: Saberes Discentes, Práticas Escolares e Formação Docente no Distrito Federal. História & Perspectivas (UFU), p.211-238, 2015. Disponível em: www.docplayer.com.br/61154482-Historia-indigena-saberes. Acesso em: 22 Abr. 2018.
OLIVEIRA, Suzane Rodrigues de. Representações das sociedades indígenas nas fontes históricas coloniais: propostas para o ensino de história. Anos 90, Porto Alegre, v.18, n. 34, p. 177-212, 2011. Disponível em: www.seer.ufrgs.br/index.php/anos90/article. Acesso em 14 ag.2017. Acesso 03 Jan. 2017.
PINSKY, Carla Bassanezi. Apresentação. In: Fontes Históricas. 1ª ed. São Paulo: Editora Contexto, 2005.
SANTOS, Boaventura de Souza. Epistemologia do Sul. Editora Almedina, S.A; Coimbra. Janeiro, 2009.
SILVA, E. Povos indígenas e Ensino de História: subsídios para a abordagem da temática indígena na escola. História & Ensino (UEL), Londrina - PR, v. 8, p. 45-61, 2002. Disponível em: www.docplayer.com.br/Povos-indigenas-e-ensino-de-historia-subsidios-para-a-abordagem-da-tematica-indigena-em-sala-de-aula.html. Acesso em 03 Fev.2016.
Boa tarde, muito interessante o texto.
ResponderExcluirGostaria de saber como o professor pode lidar caso encontre uma informação equivocada/cheia de esteriótipo sobre a questão indígena? De que modo efetivo podemos superar a base do livro didático e trazer pensamentos reais sobre esses povos?
Luara Alencar Francisco
Olá Laura. Obrigada pela pergunta. Os livros didáticos de História, em sua grande maioria, trazem ideias estereotipadas e equivocadas sobre os povos indígenas. Acredito que toda informação equivocada quando encontrada deve ser problematizada e desconstruída levando em consideração a existência dos indígenas no presente. Isso é importante porque os/as alunos/as não levam concepções erradas sobre esses sujeitos para casa. Além disso, penso que o conteúdo sobre eles não devem ficar atrelados aos livros didáticos. Uma sugestão seria fazer relações com o presente, visitando uma aldeia próxima ou trazendo a cultura de uma comunidade indígena para dentro da sala de aula. Hoje já existem indígenas estudando nas escolas públicas. Seria muito interessante conhecer a história desses sujeitos, valorizando e mostrando que são pessoas que estão em nosso meio, lutando e reivindicando seus direitos e não vistos como "diferentes" e "atrasados" como apresentam parte dos livros didáticos. Enfim, existem dinâmicas e mais dinâmicas que o docente pode utilizar para não ficar limitado ao livro. Uso de laboratórios para pesquisas sobre os povos indígenas no Brasil. Algumas comunidades indígenas já possuem sua história registrada em sites.
ExcluirBoa noite. Sua exposição é muito pertinente, parabéns por reforçar a voz desses povos.
ResponderExcluirA respeito dos PCN’s e a BNCC vigente o que eles dizem sobre a abordagem dos povos indígenas nas escolas? Reforçam? Incentivam esse saber nas aulas de história? [Sara Moreira dos Reis Gomes]
Obrigada Sara. Acredito que esse debate deve se repetir mais vezes. Sem dúvidas, tanto os PCN's quanto a BNCC reforçam e estabelecem a importância de um ensino voltado para a valorização da pluralidade cultural e para os princípios que norteiam a cultura dos grupos sociais, dentre eles, os povos indígenas. Reconhecendo os aspectos socioculturais de outros povos, bem como se posicionando contra qualquer outra forma de discriminação baseada em diferenças culturais, de classe, crenças, sexo ou etnia.
ExcluirLembrando que a lei 11.645/2008 reforçou ainda mais essa relevância, assim como a lei 10.639/03 com relação aos conhecimentos e saberes africanos em sala de aula.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPodemos afirmar que os estereótipos e preconceitos existentes, hoje sobre os povos indígenas, são estruturados politicamente? O Brasil é diverso em seu todo, no Norte, por exemplo, existe uma concentração maior de povos indígenas e suas variedades linguísticas. Até onde a política educacional influencia ou colabora pra que o indígena saia da invisibilidade social e seja reconhecido na história do Brasil? [Sara Moreira dos reis Gomes]
ResponderExcluirOi Sara. Pode-se dizer que desde o princípio quando os primeiros manuais de história chegaram ao Brasil já havia certa manipulação política com relação aos conteúdos ensinados e ao modelo de cultura a ser seguido pela sociedade face à invisibilidade de outras formas culturais existentes: indígena e africana e/ou afrodescendentes. Embora a lei 11.645 tenha sido implementada para levar a visibilidade indígena para os currículos da educação básica, ainda muito deve ser feito, como a desconstrução da ideia de índio na floresta comemorado no "Dia do Índio". Porque o índio não é estático e, assim como nós, ele está em constante evolução. Então, Sara, embora hoje seja possível conhecer a cultura do outro, isso se deve à própria mobilização indígena, que até hoje reivindica seus direitos conquistados na Constituição Brasileira, mas que estão sendo ameaçados politicamente. Sendo assim, graças aos esforços dos índios é que eles vem ganhando notoriedade e visibilidade dentro dos espaços, como a própria escola.
ExcluirObrigada por contribuir nesse diálogo.🤗
ExcluirOlá Marta
ResponderExcluirParabéns pelo seu texto, o ensino sobre os povos nativos do Brasil e América é algo muito complexo não pela diversidade mas sim por falta de materiais.
Sou professor no Rio Grande do Sul, trabalho em duas cidades e quando vou trabalhar sobre os povos da minha região, simplesmente não temos materiais, isso dificulta muito a quebra desse modelo de ensino do indígena como de rosto pintado e pena da cabeça.
Como citado no seu texto a graduação pouco ajudou na compreensão desse tema.
Essa falta de material não é um dos motivos para esse estereótipo sobre os nativos?
Abraço
Anderson da Silva Schmitt
Oi, Anderson. Que pergunta ótima a sua. É sim um dos motivos. E é interessante pensar como essa desconstrução é difícil. Além de ficarmos limitados ao uso do livro didático não há material extra que viabilize esse ensino sobre os povos indígenas. Mas também Anderson, não sei se a escola que você leciona possui estrutura adequada para isso, ela bem que poderia realizar dinâmicas que envolvessem visitas em aldeias mais próximas, como discuto no trabalho. Ou, na inexistência dessas, seria pertinente uma Casa de Cultura (como a que tem em Marabá/PA e o povo gavião Akrãtikatejê), um museu ou mesmo pesquisas em sites de alguns povos. Já existe a história de alguns povos indígenas registrados e até mesmo vídeos sobre sua cultura e práticas. Mas esse universo do espaço escolar é difícil, o ensino é precário, as escolas não dispõem de uma infraestrutura adequada e que possibilite ao docente ir além das páginas do livro didático. Mas, na existência de apenas esse recurso é interessante explorá-lo, contextualizá-lo.
ExcluirBoa tarde, ótima sua discussão. Eu sou professora e também não concordo como as escolas trabalham o Dia do Índio, os alunos não conhecem a história como ela aconteceu, somente uma fantasia. Os livros didáticos no passado abordavam uma visão idealizada do indígena e na atualidade a História do Brasil foi substituída pela História Antiga. Na sua opinião, o que pode ser feito nas escolas, nas quais os alunos não conhecem a realidade dos povos indígenas, somente conhecem a fantasia e se referem aos indígenas como povos que não querem trabalhar.
ResponderExcluirInês Valéria Antoczecen.
Olá, Inês. Questão importantíssima a ser discutida até mesmo dentro das escolas. Seria muito grandioso estimular uma aprendizagem diferente. Sem dúvidas esses alunos/as construíram essas ideias equivocadas baseadas em concepções pré-existentes, isso até dentro de casa mesmo ou no dia a dia. Mas Inês, você pode desconstruir essas percepções, fazer problematizações para saber como eles tiveram acesso a esse discurso e trazer a (ou mais) história de uma comunidade indígena (da cidade ou da região mais próxima a você) e mostrar que o conceito de trabalho é diferente para alguns povos indígenas e que é muito diferente do modo como pensamos. Podes enfatizar que os índios hoje fazem parte também de nosso meio. Estão presente na política, nas escolas, nas universidades e diversos outros espaços, desfazendo esse mito do índio fantasioso. Esses alunos precisam conhecer a história dos povos indígenas. Inclusive no "Dia do Índio" propostas diferentes fossem pertinentes. Talvez a visita em aldeias para um conhecimento maior ou pesquisas em sites que trazem a história de algumas comunidades, suas história e práticas culturais.
ExcluirDurante o século XX, Arthur Cézar Ferreira Reis desenvolveu uma interpretação política e econômica da história da Amazônia, atribuindo ao Estado a evolução e a modernização da região no período colonial e invisibilizando as contribuições das populações indígena e africana. Nesse contexto, os invasores europeus implantaram uma agricultura de produção em escala que difere da economia de subsistência indígena e argumentaram que os nativos não dispunham de condições para a realização da atividade agrícola. Entretanto, o conhecimento arqueológico demonstra que os indígenas dominavam o ecossistema da Amazônia, pois exerciam atividades como a caça, a coleta, a agricultura, a domesticação e a cerâmica. Desse modo, a interdisciplinaridade entre arqueologia e história possibilita a desconstrução do eurocentrismo no ensino de história e a construção de uma Nova História Indígena?
ResponderExcluirMaurício José Quaresma Silva
Oi Maurício...
ExcluirNas primeiras décadas do século XX a arqueologia no continente americano tratou das histórias indígenas do período do contato colonial, estudando principalmente, os sítios que evidenciavam o encontro entre povos indígenas e colonizadores europeus. Procurava-se entender como foram as relações entre esses diferentes coletivos humanos e, na maioria das vezes, os povos indígenas eram considerados vítimas do colonialismo. Em vista desta perspectiva, aos encontros coloniais foram atribuídos, por um lado, o desaparecimento de alguns povos indígenas e, por outro, as perdas culturais e a aculturação daqueles que sobreviveram. No entanto, com o advento da arqueologia do colonialismo e da arqueologia histórica indígena, na segunda metade do século XX, e a incorporação de novos aportes teóricos, o estudo das histórias indígenas americanas, dentre vários temas, vem sendo direcionado para o entendimento da complexidade e da brutalidade das experiências vividas por esses povos frente ao colonialismo. Então, penso que a interdisciplinaridade entre essas duas áreas é de grande pertinência sim, até mesmo para mostrar a resistência dos povos indígenas face a ideia de desaparecimento e seria pertinente trazer essas discussões para o ensino de história.
Obrigado pela resposta, parabéns pela pesquisa. Excelente!
ExcluirEu que agradeço, Maurício. Obrigada!
ExcluirOlá! quando um professor está responsável para ministrar aulas sobre os costumes e hábitos dos indígenas para alunos da sexta série, como tornar esse assunto, um assunto instigante para os discentes? Nota-se que as crianças possuem muitas curiosidades sobre assuntos diversos mas, a forma como vários desses assuntos são desenvolvidos em sala de aula pode afetar diretamente no interesse pelo conteúdo. Que tipos de práticas pedagógicas poderiam desenvolver um senso investigativo para os estudantes?
ResponderExcluirIgor Gomes da Silva
Oi, Igor! Olha, a aprendizagem acontece dependendo da didática adotada pelo/a professor/a. A pesquisa ou o trabalho em equipe é uma maneira de fazer os alunos/as desenvolverem sua curiosidade e interesse pela questão. Talvez indagando do início se eles/elas possuem algum amigo indígena ou vem de uma comunidade indígena. Um vídeo com poucas horas e posterior problematização sobre a realidade indígena hoje também é uma outra sugestão.
ExcluirOlá, Marta. Parabéns pelo artigo. Pergunta: Como podemos abordar a história indígena na educação infantil? Como fugir de métodos pedagógicos que tradicionalmente estigmatizam os indígenas?
ResponderExcluirRaquel Fonseca
Olá, Raquel. Muito boa pergunta. É uma questão muito interessante essa. Uma ideia muito boa seria mostrar para as crianças da educação infantil, através da formação de rodas, como os povos indígenas interagem com o meio ambiente. Outra estratégia é contar lendas indígenas para elas, respeitando a especificidade de cada grupo indígena, com objetivo de contribuir com a própria valorização da cultura dos povos indígenas.
ExcluirBoa tarde! É evidente, que essa problemática vai muito além das dificuldades metodológicas no ensino de História Indígena, seja ela na academia, quanto nas escolas. Entretanto que práticas, você acredita, possa melhorar a formação de professores. Para que haja professores mais habituados a um tema tão delicado e importante como esse?
ResponderExcluirAtt: Tácio Ferreira Garrido Barbosa.
Oi, Tácio! Obrigada pela pergunta. Penso que uma das possibilidades seria engendrar mais conteúdos sobre os povos indígenas nas disciplinas de curso superior, em especial nos cursos de história, que preparam o futuro profissional para lidar com a realidade da sala de aula. Pertinente seria também construir essa aprendizagem através de diálogos com os próprios indígenas presentes na universidade com o objetivo de desconstruir essa perspectiva eurocêntrica sobre esses sujeitos a partir de suas próprias perspectivas. Ou mesmo a possibilidade de criar materiais que contribua para ir além do livro didático.
ExcluirOlá! Boa noite!
ResponderExcluirSeu artigo deveria ser de leitura obrigatória. Adorei! Parabéns pela dedicação.
Quais seriam essas lacunas, brechas e espaços que a Lei 11.645/2008 deveria rever para obter uma inclusão necessária dos sujeitos em lugares antes inocupados?
Att,
MARIA VIRGÍNIA DE OLIVEIRA SABINO
Oi, Maria Virgínia. Obrigada mesmo pelo elogio e que bom que gostou. Uma avaliação dos conteúdos abordados nos currículos escolares é uma lacuna que deve ser revista, pois há preponderância e valorização maior às culturas que vêm de fora e poucas pinceladas no que se refere aos povos indígenas e seus ricos conhecimentos. Hoje já é possível observarmos alguns livros didáticos bastante interligados com a historiografia atual sobre a realidade dos indígenas, mas também há muito o que ser feito, pois ainda existem livros didáticos em contradição com a contemporaneidade. Vários Programas Nacionais do Livro Didático foram lançados, mas nesse caso seria interessante chegar a uma igualdade também na seleção dos conteúdos que irão compor os livros didáticos, embora saibamos que ocorre manipulação política no processo de decisão.
ExcluirBoa noite Marta! Parabéns pelo seu excelente trabalho.
ResponderExcluirDurante anos os indígenas foram de certa forma "esquecidos" pela história no que se refere a sua importância para a construção da história do Brasil. Na sua visão atualmente como os livros didáticos abordam a temática indígena? ainda há estereótipos existentes? é contado a historia indigena no que tange sua cultura, habitação, vestimentas, alimentação, trabalho ou optam por contar so o periodo de escravização ocasionado pelos conquistadores?
Jefferson Giovani Silva Espinoza
Oi, Jefferson. Grata pelo elogio.
ExcluirEntão, analisei alguns livros didáticos utilizados pelos professores das escolas públicas de Marabá/PA e observei que em algumas coleções (como a coleção Nos dias de Hoje) a abordagem sobre os povos indígenas é bastante atual, traz o significado de trabalho, cultura, vestimentas, alimentação, moradia e também imagens de celebrações dentro da cultura de alguns povos. Nessa coleção acima mencionada eu achei muito pertinente a intenção dos autores de antes de introduzir a questão da colonização, trazer a perspectivas dos povos indígenas, mostrando sua existência antes do que se chamou "conquista". Outras coleções (Projeto Araribá) fazem uma mesclagem entre o passado e o presente, o que também é louvável e contribui na mediação do/a professor/a. Porém, em outras coleções os indígenas quase não aparecem e quando aparecem é na condição de submisso ou passando a ideia de "desaparecimento". E eu achei muito curioso que essa ideia é reforçada naquela imagem sobre o último Tamoio, na tela do pintor francês Rodolfo Amoedo, dando a entender que não existem mais até mesmo pelo próprio texto escrito que acompanha a imagem.
Olá Marta gostei muito do seu texto, é de suma importância o ensino, reconhecimento e valorização da nossa história e dos seres integrantes desse processo. Minha pergunta é a seguinte: Se o Brasil valorizasse mais a sua história, e não fosse tão eurocêntrico, os indígenas na atualidade seriam mais valorizados, e não sofreriam tantas perseguições e preconceitos como vem ocorrendo atualmente?
ResponderExcluirAntônio Xavier Miranda Neto
Bom dia, Antônio. Com toda certeza lhe digo que sim. Se houvesse mais igualdade e não tanta desigualdade econômica e social e privilégios, os indígenas seriam mais reconhecidos e, talvez, obteriam mais direitos. A perseguição do período colonial não acabou, mas é visível a partir de novas roupagens. Não à toda os povos indígenas estão com receio, com medo e com certa impotência diante do que estão passando em relação ao território, mas ainda assim há resistência e mobilização.
ExcluirBoa-noite, Marta!
ResponderExcluirParabéns pelo seu artigo!
A Lei 11.645/08 está aí, é fato! Você percebe uma regressão na valorização dela? Haja vista o desgoverno que aí está, via o MEC, ridicularizou até a 10.639/03, achando bobagem a abordagem sobre as políticas afirmativas! E sem contar, querer se apossar da Amazônia, desmontar a FUNAI, desconsiderar o CIMI, cortar os fundos de verbas que apoiam os povos da floresta! A pandemia desnudou esta faceta, a necropolítica é explícita!A desvalorização aos povos indígenas é enorme! No tocante a educação, as fontes de pesquisa e estudos da causa indígena AINDA SÃO POUCOS! Triste! Mas vamos esperançar!
Oi, Ivanize. Muito boa sua reflexão. É uma realidade que me entristece muito, sabe. Saber que direitos conquistados com tanto esforço e luta por gerações indígenas passadas estão na iminência de serem eliminadas. Estamos vivendo uma explícita perseguição aos povos indígenas e seus territórios. Muitos sentem certa impotência diante do que estamos vivenciando e isso interfere muito na cultura e nas vivências das aldeias. Por isso digo que a lei praticamente existe na teoria, pois na prática, e levando em consideração a atual conjuntura, está sendo desvalorizada.
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ResponderExcluirOlá Marta, boa noite! Sou professora do campo, paraense e vivemos em uma região cheia de grupos indígenas. Ano passado, em 2020, fui professora da rede privada e quando falava sobre a temática em questão os/as alunos/as em sua maioria ainda tinham uma construção estereotipada em relação aos povos indígenas. Gostaria que você pontuasse, quais avanços que a temática alcançou a partir da Lei n. 11.645/2008?
ResponderExcluirOi Claudia...
ExcluirUm dos avanços foi a inserção de outros conhecimentos nos currículos das escolas públicas e privadas da educação no país, já que antes prezavam por um ensino unilateral. As culturas dos indígenas e outros saberes podem ser estudados, embora com limitações devido à ausência de materiais específicos sobre os povos indígenas.
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ResponderExcluirBoa noite Marta! na sua opinião o ensino dos povos indígenas ainda esta longe do adequado?
ResponderExcluirHiago Taumaturgo Lopes
Oi, Hiago. Sim, com a atual conjuntura esse ensino está mais longe ainda de se adequar, visto que a perseguição aos povos indígenas e aos direitos das minorias estão na iminência de serem extintos.
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